sábado, 9 de janeiro de 2016




Ligaste-me hoje à noitinha, naquela surra do intervalo das conversas com a lua. E como estou? Preciso de alguma coisa? Não preciso, não, não preciso de olhar os teus olhos a rirem-se com os meus, como eus fundidos que se desenlaçam em ternuras. Mas diz-me, precisas de alguma coisa? Não preciso, não, não preciso de fazer das conversas as poesias do silêncio. Mas diz-me, precisas de alguma coisa? Não preciso, não, não preciso de voltar a lembrar-me dos desejos escorregadios nas ombreiras das tuas portas.
Precisas de alguma coisa? Não preciso, não, não preciso da pureza da mentira, extracto de gaveta atulhada de verdades encafuadas.

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