domingo, 20 de dezembro de 2015




É Natal, pá! Não dês nada que te faça falta! Vai para a rua ao cair da madrugada, ao levantar do dia, ao rastejar da manhã e espoja-te na atmosfera. Come rabanadas e suspira-te em sonhos. Vai rápido, pisa bem a calçada portuguesa, corre na calçada portuguesa, acaricia as pedras pretas que se tornam luz na monotonia branca da existência, Anda, anda rápido, e se vires o rio e uma embarcação ao largo do Tejo a sorrir para ti, devolve~lhe a cortesia, mostra-lhe o branco de parte dos teus dentes e a luz que nasce nos teus olhos, abranda o passo. Acelera, acelera outra vez, não vale parar. Devolve um sorriso ao mundo sempre que ele te der um sorriso, mas não fiques sem nada que te faça falta. Vai, avança, corre, ama-te com toda a pressa porque amanhã, mais do que poder não ser natal, pode já nem ser ouitro dia qualquer.
Acordamos assim às vezes, animados pela aragem gélida de horas de Inverno, e o que conta é existir.
Acordei assim, hoje.

Sem comentários:

Enviar um comentário