quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

Se vires um pirilampo na paragem do eléctrico à tardinha, no lusco-fusco das doces aparições, não sou eu. Se sentires uma aragem teimosa no meio de uma tarde tórrida, não sou eu. Se pedires uma cerveja preta na esplanada do centro da praça e ta servirem com uma densa espuma roxa, não sou eu. Se pedires para fazer uma cópia de uma chave que abra os horizontes da dobra de uma esquina vazia e ta entregarem num porta-chaves com muitas luzes garridas, não sou eu. Se quiseres manter-te sério e ouvires uma gargalhada estridente, não sou eu. Se te aparecer uma nuvem morena embrulhada numa manta de retalhos multicolores, posso ser eu a adiar a chuva, e a chuva a adiar-me de ti.

2 comentários:

  1. Lindo, lindo. Magia pura.
    Amanhã bebo uma preta com espuma creme!
    Beijoca.:)

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  2. :) Amanhã bebemos uma preta fresquinha e a espuma terá as nossas cores. Sinto que posso ver o arco-íris. Estou que nem me aguento para estarmos felizes! eheheh Beijinhos

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