terça-feira, 8 de março de 2016

Que saberás tu agora do medo de não existir? Terás tu o medo que eu tenho? Sentirás tu que a tua ausência será a nossa ausência e a minha eterna e dorida dormência? Sinto-me mãe através de ti, e não é essa patetice das impossibilidades cronológicas, mas a doidice de querer segurar-te na mão e assim impedir que tu partas, é este desejo de falar-te mansamente e perpetuar o sorriso que nos isola do mundo, como só nós sabemos da existência de uma e de outra, árvore de um único fruto.

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